sábado, 4 de agosto de 2012

Quando acordei em lágrimas


A dor era infinita. O medo era incompreensível. Tudo era tão real no sonho. A angústia era o mais verdadeiro de tudo. Não sei explicar. Sei que acordei chorando, com a blusa inteiramente molhada. Encharcada de lágrimas tristes.
Costumo dizer que quando chove a minha alma se renova e que quando eu choro a mesma se lava. E como entender quando os dois acontecem no mesmo tempo?
Deitei-me no sofá com a chuva. Não pretendi adormecer. Acordei em desespero. Sem ninguém para acalantar a minha alma. Eu só queria ver e ser abraçada por uma pessoa, na qual tinha sonhado.
Sonhei que ele tinha feito algo muito errado e que quando perguntado se era verdade, não negou. Ele tinha realmente me magoado. E isso foi o estopim do meu colapso nervoso. Meus sonhos não tem voz. Eu ouço (leio as entrelinhas) os pensamentos das personagens. Sei que gritava rispidamente. Então, ele decidiu então terminar tudo. Se dizendo ser o podre e eu a certa.
Quando acordei estava ali, encolhida, derramada em lágrimas. Incessantes gotas que não se findavam nem com o calor do melhor urso de pelúcia. Poderosos sonhos esses, que nos fazem gritar, suar... E chorar.
Alguns dizem que sonhos são junções do que passamos. Outros, que sonhos são projeções do que vamos viver. Existem até sonhos premonitórios. Os meus não falham. Nunca erraram. Só que de repente eles estão me fazendo mal demais.

- "Acordei com vontade de você, mas só tinha travesseiro".

# Pensamentos Soltos #
Janeh Barros

Um comentário:

  1. Adorei o texto, é lindo e a frase "Costumo dizer que quando chove a minha alma se renova e que quando eu choro a mesma se lava." nossa é perfeita e veridica...
    Gostei de verdade, beijos e continua assim

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